domingo, 23 de setembro de 2007
domingo, 16 de setembro de 2007
O caminho até ao Nuno Machado #50 - 8ª Parte
ENTRE O SOFÁ E BRAGANÇA
Lá estava eu atirado para o sofá sem poder treinar e com algumas dores no ombro direito, após a fase de recuperação e das ligaduras cruzadas nas costas lá veio uma fase em que as ligaduras deram lugar a um imobilizador amovível, e assim já podia treinar na estática e se me lembro devo ter feito entre 800 a 1000 km de estática no mês de Março.
Depois veio o tempo da fisioterapia e de umas valentes sessões com quase 3 a 4 horas com o Dr. Henrique Soudo todas as Quintas Feiras e a verdade é que o meu ombro começava a dar sinais de vida e de uma rápida recuperação.
Então veio o primeiro passeio longo na Bicicleta e nada melhor do que 75 km na Serra da Estrela, o passeio da ciclonatur. Era um passeio só com 3 subidas e 3 descidas e o acumulado cerca de 2.700 mts um bom treino que me ia deixar perceber em que fase de preparação para a SuperTravessia estava.
Um passeio em que as subidas eram longas e a ultima muita dura, quanto às descidas essas eram bem boas e uma delas com uns valentes ganchos deixavam-me perceber que ainda não estava com o ombro a 100%, pois alguns dos impactos provocavam-me alguma dor. E assim lá fiz os Kms que tinha que fazer e percebi que não estava assim tão mal fisicamente.
Até ao começo da SuperTravessia ainda ia ter mais um bom teste, O PORTALEGRE 100, e lá fomos mais uma vez com a familia, a minha e a do José Carlos, para mais um teste nas terras Alentejanas. Este ano pareceu-me muito mais fácil e lá foi correndo ao sabor do pó e das companhias de ocasião, volto a encontrar o Nuno e lá vimos os dois durante alguns Kms a pedalar juntos. O José Carlos tinha decidido levar um ritmo mais lento, o que se revelou prejudicial pois ao chegar ao abastecimento dos 60 kms, já sem alimentação, foi brindado só com laranjas uma vez que já não havia mais nada. E sem conseguir comer lá teve que desistir. Eu lá aí seguindo até ao final onde cheguei em 7h 40m. (num ano tinha tirado 2 horas ao meu tempo) Fiquei satisfeito e na segunda feira lá foi ter com o António Malvar para confirmar a minha inscrição na SuperTravessia, e nesse monento o numero 50 passou a fazer parte da minha assinatura. O 50 era o meu numero para a mias mítica prova do calendário nacional de BTT. E assim será sempre que eu decidir ir até Bragança para depois descer até Sagres com a minha Bicicleta.
Depois foi só manter o esquema de treino e esperar pelo dia e que fomos para Bragança mas isso conto para a próxima.
Um abraço e pedalem muito
Lá estava eu atirado para o sofá sem poder treinar e com algumas dores no ombro direito, após a fase de recuperação e das ligaduras cruzadas nas costas lá veio uma fase em que as ligaduras deram lugar a um imobilizador amovível, e assim já podia treinar na estática e se me lembro devo ter feito entre 800 a 1000 km de estática no mês de Março.
Depois veio o tempo da fisioterapia e de umas valentes sessões com quase 3 a 4 horas com o Dr. Henrique Soudo todas as Quintas Feiras e a verdade é que o meu ombro começava a dar sinais de vida e de uma rápida recuperação.
Então veio o primeiro passeio longo na Bicicleta e nada melhor do que 75 km na Serra da Estrela, o passeio da ciclonatur. Era um passeio só com 3 subidas e 3 descidas e o acumulado cerca de 2.700 mts um bom treino que me ia deixar perceber em que fase de preparação para a SuperTravessia estava.
Um passeio em que as subidas eram longas e a ultima muita dura, quanto às descidas essas eram bem boas e uma delas com uns valentes ganchos deixavam-me perceber que ainda não estava com o ombro a 100%, pois alguns dos impactos provocavam-me alguma dor. E assim lá fiz os Kms que tinha que fazer e percebi que não estava assim tão mal fisicamente.
Até ao começo da SuperTravessia ainda ia ter mais um bom teste, O PORTALEGRE 100, e lá fomos mais uma vez com a familia, a minha e a do José Carlos, para mais um teste nas terras Alentejanas. Este ano pareceu-me muito mais fácil e lá foi correndo ao sabor do pó e das companhias de ocasião, volto a encontrar o Nuno e lá vimos os dois durante alguns Kms a pedalar juntos. O José Carlos tinha decidido levar um ritmo mais lento, o que se revelou prejudicial pois ao chegar ao abastecimento dos 60 kms, já sem alimentação, foi brindado só com laranjas uma vez que já não havia mais nada. E sem conseguir comer lá teve que desistir. Eu lá aí seguindo até ao final onde cheguei em 7h 40m. (num ano tinha tirado 2 horas ao meu tempo) Fiquei satisfeito e na segunda feira lá foi ter com o António Malvar para confirmar a minha inscrição na SuperTravessia, e nesse monento o numero 50 passou a fazer parte da minha assinatura. O 50 era o meu numero para a mias mítica prova do calendário nacional de BTT. E assim será sempre que eu decidir ir até Bragança para depois descer até Sagres com a minha Bicicleta.
Depois foi só manter o esquema de treino e esperar pelo dia e que fomos para Bragança mas isso conto para a próxima.
Um abraço e pedalem muito
Etiquetas:
50,
portalegre,
serra da estrela,
Supertravessia
quinta-feira, 6 de setembro de 2007
O caminho até ao Nuno Machado #50 - 7ª Parte
ENTRE SANTIAGO E O SOFÁ
Após a chegada de Santiago começou uma nova época de BTT, começavam as viagens até à Serra da Arrábida. estas Bike Trips eram fruto das propostas do Henrique e da João para que eu os acompanhasse até à outra banda para umas sessões de BTT com o Luís; o Tó e o Mário (o da Bike Zone). Grandes voltas, grandes quedas - GPS partido. Grande queda do Luís em câmara lenta num trilho em direcção à Comenda (quem se lembra vai rir de certeza), singletrack das Antenas, subir a cobra, o cai de costas, trilho dos moinhos, idas ao Cabo Espichel, muitos Km's e muita diversão
Pelo meio aparece a maratona de S. Brás de Alportel uma Maratona bem Extreme com muita subida. Antes de a ir fazer liguei ao Pedro da Associação SanBrajense a perguntar se era rompe pernas e ele lá me avisou que não era rompe pernas mas era muito duro. a prova seria ganha pelo Nélio Simão e eu ganhava mais um amigo do BTT, esse grande personagem que é o Exmo. Sr. Ludos, que foi a minha companhia nos últimos Km's daquele empeno onde a temperatura chegou a rondar os 30º e onde os 3 abastecimentos disponíveis foram mesmo muito fracos, num deles a água saía de uma mangueira para dentro de dois garrafões, e que eu me lembre a água não deve ser verde, mas o calor e a sede obrigara-nos a beber aquele liquido. ainda tempo para ver e ouvir o cumulo do grito humano, isto por um jovem que eu pensei que tivesse do caído da falésia, mas não, ele estava deitado no meio do trilho com caímbras em todos os músculos que se possa imaginar. esperamos pelo jipe dos bombeiros e lá foi ele deitado de costas com as pernas a 90 graus.
Decido que para começar a preparar a SuperTravessia preciso de ter um esquema de treinos mais completo e pensado por alguém que perceba mais de bicicletas do que eu. Chego até ao Site do Vítor Gamito e começamos a preparar em conjunto o meu esquema para estar mais preparado quando chegar a Super. Começamos com a fase de preparação, com algumas horas, frequências cardíacas baixas muita rotação e lá aparece a minha segunda bicicleta - uma kettler estática capaz de me pôr a treinar com chuva e durante a noite. Uma vez que os dias já começavam a ficar bem mais curtos.
Pelo meio lá chega mais uma clássica - o primeiro G100 - E mais uma vez lá arrancamos de madrugada, eu e o José Carlos, para irmos fazer o gosto ao pé na pacata Grândola - Vila Morena. Ocasião para rever o Ludos e fazer os últimos 50 Km na companhia de uma Trek Azul. Foi uma prova bem gira com muita paisagem diferente, as boas subidas, uns bons Singletracks e boas descidas, os excelentes pasteis de nata e óptimos Ice tea de cada abastecimento. E um record fazia os 100 km em pouco mais de 7h 30m. Os treinos estavam a dar resultado.
Volta a Lisboa e às voltas de Sintra, Arrábida, Monsanto e às "voltas" da estática, cada bocadinho é aproveitado para melhorar a minha condição.
E no dia 16 de Janeiro a coisa ia mudar todo o esquema de treino, numa volta de treino em Sintra começo a fazer uma descida, e o gato começa a atravessar o trilho, não dá tempo para nada, só para agarrar os travões e ao bater no gato saio disparado pelo ar, tiro o brevet pelo caminho até que ao aterrar oiço a clavícula a estalar. Já estava não havia mais nada a fazer. Foi o tempo de ligar ao meu Irmão que veio buscar para ir ao Hospital e ficar completamente enfaixado até ao mês de Março. Já não me recordo de ler tantos livros em tão pouco tempo.
Aliás o tempo passou foi a ser muito.
De repente estava mais longe da Super Travessia e mais longe de ser Nuno Machado #50
Mas estava muito mais intimo do meu sofá
Um abraço e pedalem muito
Após a chegada de Santiago começou uma nova época de BTT, começavam as viagens até à Serra da Arrábida. estas Bike Trips eram fruto das propostas do Henrique e da João para que eu os acompanhasse até à outra banda para umas sessões de BTT com o Luís; o Tó e o Mário (o da Bike Zone). Grandes voltas, grandes quedas - GPS partido. Grande queda do Luís em câmara lenta num trilho em direcção à Comenda (quem se lembra vai rir de certeza), singletrack das Antenas, subir a cobra, o cai de costas, trilho dos moinhos, idas ao Cabo Espichel, muitos Km's e muita diversão
Pelo meio aparece a maratona de S. Brás de Alportel uma Maratona bem Extreme com muita subida. Antes de a ir fazer liguei ao Pedro da Associação SanBrajense a perguntar se era rompe pernas e ele lá me avisou que não era rompe pernas mas era muito duro. a prova seria ganha pelo Nélio Simão e eu ganhava mais um amigo do BTT, esse grande personagem que é o Exmo. Sr. Ludos, que foi a minha companhia nos últimos Km's daquele empeno onde a temperatura chegou a rondar os 30º e onde os 3 abastecimentos disponíveis foram mesmo muito fracos, num deles a água saía de uma mangueira para dentro de dois garrafões, e que eu me lembre a água não deve ser verde, mas o calor e a sede obrigara-nos a beber aquele liquido. ainda tempo para ver e ouvir o cumulo do grito humano, isto por um jovem que eu pensei que tivesse do caído da falésia, mas não, ele estava deitado no meio do trilho com caímbras em todos os músculos que se possa imaginar. esperamos pelo jipe dos bombeiros e lá foi ele deitado de costas com as pernas a 90 graus.
Decido que para começar a preparar a SuperTravessia preciso de ter um esquema de treinos mais completo e pensado por alguém que perceba mais de bicicletas do que eu. Chego até ao Site do Vítor Gamito e começamos a preparar em conjunto o meu esquema para estar mais preparado quando chegar a Super. Começamos com a fase de preparação, com algumas horas, frequências cardíacas baixas muita rotação e lá aparece a minha segunda bicicleta - uma kettler estática capaz de me pôr a treinar com chuva e durante a noite. Uma vez que os dias já começavam a ficar bem mais curtos.
Pelo meio lá chega mais uma clássica - o primeiro G100 - E mais uma vez lá arrancamos de madrugada, eu e o José Carlos, para irmos fazer o gosto ao pé na pacata Grândola - Vila Morena. Ocasião para rever o Ludos e fazer os últimos 50 Km na companhia de uma Trek Azul. Foi uma prova bem gira com muita paisagem diferente, as boas subidas, uns bons Singletracks e boas descidas, os excelentes pasteis de nata e óptimos Ice tea de cada abastecimento. E um record fazia os 100 km em pouco mais de 7h 30m. Os treinos estavam a dar resultado.
Volta a Lisboa e às voltas de Sintra, Arrábida, Monsanto e às "voltas" da estática, cada bocadinho é aproveitado para melhorar a minha condição.
E no dia 16 de Janeiro a coisa ia mudar todo o esquema de treino, numa volta de treino em Sintra começo a fazer uma descida, e o gato começa a atravessar o trilho, não dá tempo para nada, só para agarrar os travões e ao bater no gato saio disparado pelo ar, tiro o brevet pelo caminho até que ao aterrar oiço a clavícula a estalar. Já estava não havia mais nada a fazer. Foi o tempo de ligar ao meu Irmão que veio buscar para ir ao Hospital e ficar completamente enfaixado até ao mês de Março. Já não me recordo de ler tantos livros em tão pouco tempo.
Aliás o tempo passou foi a ser muito.
De repente estava mais longe da Super Travessia e mais longe de ser Nuno Machado #50
Mas estava muito mais intimo do meu sofá
Um abraço e pedalem muito
Etiquetas:
clavicula,
g100,
s bras alportel
domingo, 2 de setembro de 2007
XURÊS OU GERÊS, MAS MUITO EXTREME
Nem sei bem como hei-de começar, se por dizer que achei duro ou por dizer que acabei por fazer apenas os primeiros 62 km porque achei duro.
Aliás começo muito antes, algures a 9 de Julho telefonei ao Telmo e desafiei-o para dar-mos um salto ao Gerês e fazermos a Maratona Extreme do Gerês, claro que o convite só continha os 116 Km (pelos vistos 120 km no final), ele lá aceitou renitente e fizemos as inscrições.
No dia 31 de Agosto arrancava para o Porto para mais uma Bike Trip, combino um jantar com o João Marinho e com o José Silva - os homens do momento após o 22º lugar no Transalp e da presença no campeonato do mundo de maratona. O João eu já conhecia e o Zé conheci nessa noite. Após apurada escolha da ementa, muito por culpa das limitações alimentares e nutricionais do João e do Zé, lá começamos a comer. - O que o João e o Zé comeram eu não conto a ninguém, mas a verdade é que no dia seguinte o Zé fazia 2º e o João fazia 3º. falamos de algumas ideias que temos para 2008 e entre "Cape Epics" e outras provas mundiais lá foi correndo o nosso jantar.
Após o jantar eu e o Telmo lá seguimos para Lobios onde íamos pernoitar, não sem antes dar-mos uma grande volta uma vez que o Telmo, contentíssimo com o seu GPS, se enganou a colocar o local de destino e só na subida da Serra do Gerês lhe pergunto, qual o sitio de destino e ele me responde que tinha colocado um restaurante. Lá chegamos com o carro com as Bikes e todo o nosso material e dirigimo-nos ao controlo/secretariado. Tempo de rever um bom amigo, António Pereira e de falarmos mais um pouco antes de irmos para o Hotel.
Ao montarmos as Bikes no Hotel reparo (era impossível não reparar) num barulho que o disco da frente faz quando a roda rodava. A pouca luz no exterior do Hotel obriga-me a tentar descobrir o que é na manhã seguinte.
Após ter dormido 3 horas lá consigo descobrir o que tem o disco e resolvo a situação. O disco tocava na bomba do travão e tive que colocar umas anilhas mais altas para fazer a bomba subir. Algo que já podia ter descoberto não fosse o facto de não pegar na Bike à perto de 20 dias.
E lá fomos para a partida. No briefing o Ramiro ia dizendo que os primeiros 60 Km eram os mais fáceis e que depois é que começavam as dificuldades.
Assim comecei com calma pois o inicio era logo com 7Km de subida para aquecer as pernas, e a partir daqui foi um constante de sobe; sobe; sobe; desce; sobe; sobe; sobe; desce, não dando lugar a grandes descansos. De facto as subidas obrigavam a pedalar com muita energia e as descidas obrigavam a atenção redobrada uma vez que algumas delas tinham alguma componente técnica "como nós gostamos". E lá fomos avançando por entre barragens, bosques, calçadas a descer e a subir, muito calhau, alguma água, tempo para ouvir umas travagens mais bruscas atrás de mim. E lá chega o primeiro abastecimento. Tempo para retemperar. E após o arranque acontece algo de muito estranho acontece sinto uma picada por trás do joelho direito (algo muscular) continuo a pensar que passava mas volta a doer e no inicio da subida que nos levava até aos 40 Kms começo a defender-me e a baixar o ritmo. Mas a verdade é que andar a baixo do meu ritmo normal começa a massar, pelo excesso de rotação que tenho de fazer (já vinha em "talega pequenina") e volto ao meu ritmo,imponho mais força e passado um bocado estou sem água, começam as caimbras e tomo a decisão que tenho que abandonar aos 62 Km.
Um pouco mais à frente o Telmo apanha-me e fica surpreso, seguimos juntos ele a animar-me e a tentar levar-me para os 80, mas a minha decisão estava tomada. Lá fomos desfrutando das belas paisagens em ritmo de passeio, somos alcançados pelo Ricardo e pelo Francisco (dois Portugueses que já fizeram o Cape Epic) que se tinham perdido e lá viemos juntos até ao final 62 Km e quase 6 horas depois de termos começado.
Após o banho tempo para rever mais uns amigos da Super Travessia e lá ficamos em conversa até à cerimónia do podium.
Em termos de conclusão acho que os trilhos eram bons e bem marcados (nalgumas viragens as placas podiam ser maiores), todos sabíamos que era extreme por isso tinha de ser dura, mas talvez colocasse mais algumas Zonas de Abastecimento com: mais fruta; bebidas isotónicas, e outro tipo de barra. - Mas isto transmiti à organização e para o ano vou lá conferir se responderam aos meus caprichos.
Quanto a mim fiquei a perceber que até ao Epic vou ter que treinar com muita cabeça.
Um abraço e pedalem muito
Aliás começo muito antes, algures a 9 de Julho telefonei ao Telmo e desafiei-o para dar-mos um salto ao Gerês e fazermos a Maratona Extreme do Gerês, claro que o convite só continha os 116 Km (pelos vistos 120 km no final), ele lá aceitou renitente e fizemos as inscrições.
No dia 31 de Agosto arrancava para o Porto para mais uma Bike Trip, combino um jantar com o João Marinho e com o José Silva - os homens do momento após o 22º lugar no Transalp e da presença no campeonato do mundo de maratona. O João eu já conhecia e o Zé conheci nessa noite. Após apurada escolha da ementa, muito por culpa das limitações alimentares e nutricionais do João e do Zé, lá começamos a comer. - O que o João e o Zé comeram eu não conto a ninguém, mas a verdade é que no dia seguinte o Zé fazia 2º e o João fazia 3º. falamos de algumas ideias que temos para 2008 e entre "Cape Epics" e outras provas mundiais lá foi correndo o nosso jantar.
Após o jantar eu e o Telmo lá seguimos para Lobios onde íamos pernoitar, não sem antes dar-mos uma grande volta uma vez que o Telmo, contentíssimo com o seu GPS, se enganou a colocar o local de destino e só na subida da Serra do Gerês lhe pergunto, qual o sitio de destino e ele me responde que tinha colocado um restaurante. Lá chegamos com o carro com as Bikes e todo o nosso material e dirigimo-nos ao controlo/secretariado. Tempo de rever um bom amigo, António Pereira e de falarmos mais um pouco antes de irmos para o Hotel.
Ao montarmos as Bikes no Hotel reparo (era impossível não reparar) num barulho que o disco da frente faz quando a roda rodava. A pouca luz no exterior do Hotel obriga-me a tentar descobrir o que é na manhã seguinte.
Após ter dormido 3 horas lá consigo descobrir o que tem o disco e resolvo a situação. O disco tocava na bomba do travão e tive que colocar umas anilhas mais altas para fazer a bomba subir. Algo que já podia ter descoberto não fosse o facto de não pegar na Bike à perto de 20 dias.
E lá fomos para a partida. No briefing o Ramiro ia dizendo que os primeiros 60 Km eram os mais fáceis e que depois é que começavam as dificuldades.
Assim comecei com calma pois o inicio era logo com 7Km de subida para aquecer as pernas, e a partir daqui foi um constante de sobe; sobe; sobe; desce; sobe; sobe; sobe; desce, não dando lugar a grandes descansos. De facto as subidas obrigavam a pedalar com muita energia e as descidas obrigavam a atenção redobrada uma vez que algumas delas tinham alguma componente técnica "como nós gostamos". E lá fomos avançando por entre barragens, bosques, calçadas a descer e a subir, muito calhau, alguma água, tempo para ouvir umas travagens mais bruscas atrás de mim. E lá chega o primeiro abastecimento. Tempo para retemperar. E após o arranque acontece algo de muito estranho acontece sinto uma picada por trás do joelho direito (algo muscular) continuo a pensar que passava mas volta a doer e no inicio da subida que nos levava até aos 40 Kms começo a defender-me e a baixar o ritmo. Mas a verdade é que andar a baixo do meu ritmo normal começa a massar, pelo excesso de rotação que tenho de fazer (já vinha em "talega pequenina") e volto ao meu ritmo,imponho mais força e passado um bocado estou sem água, começam as caimbras e tomo a decisão que tenho que abandonar aos 62 Km.
Um pouco mais à frente o Telmo apanha-me e fica surpreso, seguimos juntos ele a animar-me e a tentar levar-me para os 80, mas a minha decisão estava tomada. Lá fomos desfrutando das belas paisagens em ritmo de passeio, somos alcançados pelo Ricardo e pelo Francisco (dois Portugueses que já fizeram o Cape Epic) que se tinham perdido e lá viemos juntos até ao final 62 Km e quase 6 horas depois de termos começado.
Após o banho tempo para rever mais uns amigos da Super Travessia e lá ficamos em conversa até à cerimónia do podium.
Em termos de conclusão acho que os trilhos eram bons e bem marcados (nalgumas viragens as placas podiam ser maiores), todos sabíamos que era extreme por isso tinha de ser dura, mas talvez colocasse mais algumas Zonas de Abastecimento com: mais fruta; bebidas isotónicas, e outro tipo de barra. - Mas isto transmiti à organização e para o ano vou lá conferir se responderam aos meus caprichos.
Quanto a mim fiquei a perceber que até ao Epic vou ter que treinar com muita cabeça.
Um abraço e pedalem muito
Etiquetas:
gerês,
João Marinho,
José Silva,
xurês
Subscrever:
Mensagens (Atom)