sexta-feira, 24 de julho de 2009

TEAM M&M - Motovedras - Andalo Dia 7



Estimados

Depois de dois dias com mais de 3.000 metros de acumulado em que que o parque de caravanas ficou a mais de 3 km do Press Oficce e em que não podemos enviar noticias, eis que voltamos após a 7ª e penúltima etapa do JEANTEX BIK TRANSALP powered by NISSAN.

Muito rapidamente dizer que nas duas etapas anteriores, onde tivemos uma das mais duras de sempre e outra com a subida mais longa de sempre, as equipas portuguesas em prova conseguiram melhorar as suas classificações, estando agora todas dentro das 170 melhores da categoria homens.



Mas para saberem mais sobre as etapas antecedentes, que foram as mais espectaculares até agora, vão ter de esperar pelo reportagem que vai ser publicada na BIKE MAGAZINE. E confesso que foram etapas onde aconteceram muitas coisas boas e muitas coisas menos boas.




Quanto ao dia de hoje ele vinha marcado como mais uma etapa com mais de 3.000 metros de acumulado e com uma subida final de cerca de 5 km com rampas de mais de 20%.

Com acumular dos dias e do esforço o cansaço lá vai fazendo o seu trabalho e de manhã a vontade de levantar é quase nula e a de pedalar é mesmo nula. O normal é as pernas nem reagirem durante os primeiros 5 a 10 km.



Mas hoje era preciso por o corpo a funcionar rápido pois o inicio era uma subida com cerca de 24 km com mais de 1.000 metros de desnível e onde a tracção não era a melhor.

No topo e ao fim de mais de duas horas a trepar fomos brindados com um singletrack onde estivemos durante cerca de 5 kms e depois voltamos às descidas rápidas em estradão e alcatrão e hoje com a novidade de termos muitas descidas completamente cheias de cascalho.

E como nos Alpes tudo é possível e depois de termos tido neve no lado Austríaco, agora quando atravessamos as vinhas em Itália somos brindados com temperaturas a rondar os 38º, o que não é de facto o melhor para andar de bicicleta.

Este tipo de temperaturas obriga-nos a uma ingestão desmedida de líquidos com o intuito de não desidratarmos e o recurso ao GOLDDRINK Premium da GOLD NUTRITION tem-se revelado uma óptima estratégia.




Depois veio o abastecimento do 60 km onde nos deliciamos com uns valentes pedaço de melancia e Bolo Mármore caseiro, que já fazem parte da nossa dieta diária a juntar à barras e aos geles da GOLD NUTRITION.

E logo em seguida arrancamos para um final mais duro do que o que esperávamos pois a cada curva que fazíamos lá éramos presenteados com mais uma parede. E assim fomos pedalando ao ritmo possível após 7 dias nos Alpes até ao final da penúltima etapa do TRANSALP de 2009.

Agora só falta levar a EPIC SWORKS até Riva del Gardia, dar um mergulho no lago e voltar para casa para um merecido descanso.

Sobre a ultima etapa não vou escrever aqui no BLOG mas de certeza que a vou contar na BIKE MAGAZINE e no BTT MAGAZINE onde vão poder ter acesso a toda a história das equipas portuguesas presentes no TRANSALP de 2009.

Eu o André e o Abílio amanhã voltamos para casa para um merecido descanso de todo o que foi preparar este Transalp.

Um abraço e pedalem muito

Dos Alpes para o Mundo

TEAM M&M - Movedras

Nuno Machado - André Malha - Abílio M. Carvalho

terça-feira, 21 de julho de 2009

TEAM M&M - Motovedras - Sta. Christina Dia 4

Estimados

Mais uma etapa superada e com boas sensações para o dia de amanhã.

Como vos tinha contado ontem, o dia hoje prometia, a etapa 4 tinha o selo de ser a etapa rainha do JEANTEX BIKE TRANSALP powered by NISSAN.

As três subidas duras aliadas ao calor tornaram o dia de hoje bastante duro mas ao mesmo tempo recheado de belíssimas paisagens que pelos vistos só os Alpes podem oferecer.

Chegamos cedo à zona de partida para poder tirar algumas fotos da vila antes do arranque



Hoje começamos em toada lenta numa subida com rampas com mais de 14% de inclinação e cerca de 15 km, em que passamos mais de 1 hora e meia porque fomos gerindo o esforço uma vez que sabíamos que o pior ainda estava para vir.

Rápida passagem pelo abastecimento do Km 25 onde chegamos com quase duas horas de prova. Bem à saída de St. Magdalena - de frisar que neste momento já deixamos a Áustria e já passamos para Itália.

Depois foi tempo de seguir em descida rápida por entre alguns prados cheios de animais a pastar para logo enfrentarmos a subida do dia.



Uma subida com rampas algo assustadoras quando se vê de baixo pelo desnível que apresentam e onde vamos vendo imensa gente em fila ora a pedalar ora a caminhar com a bicicleta ao lado.

Algumas das rampas desta subida chegaram aos 21% e o piso não ajudava pois o que mais existia era pedra solta para atrapalhar a progressão.



Mas mesmo assim chegámos lá cima, depois de quase mais uma hora e meia para fazer 10 km e chegar ao 2.300 mts de altitude.

Depois um trilho com cerca de 1 km para ser feito a pé, por cruzar uma aérea protegida. E ainda bem que assim foi porque a descida com muita pedra solta e muitos degraus deve ser bem perigosa se feita montado.

Mais uma descida muito longa e com muita curva e contra curva e ganchos, a obrigarem a atenção redobrada e volta a uma subida um pouco mais curta onde se chegam até nós o Bruno e o Tiago do BTTeam e com quem já tínhamos partilhado a subida anterior.

Nova descida alucinante com o POLAR a marcar mais de 60 km hora e ao entrarmos na zona que antecedia a ultima subida começo a sentir a força a desaparecer.

Ao que parece o facto de ter preparado o GOLDDRINK PREMIUM ontem, fez com que ele oxidasse durante o dia o que acabou por provocar algum maus estar no meu estômago.

Ao passarmos um café lá recorro ao velho truque da Coca-Cola e ainda temos tempo para comer uma bela fatia de Strudell antes de arrancar. E claro que arranquei como novo, após ter reposto o açucar.

Ainda tinha mais um truque guardado para antes da ultima subida que era o recurso ao Gel Extreme da GOLD NUTRITION.

Nesta fase já o Bruno e o Tiago tinham ido embora, pois o Bruno no final ganhou força extra e lá foi a atacar até ao final.

Nós fomos seguindo no nosso passo para ainda fazermos umas picadas bem inclinadas com mais de 18% de inclinação para depois fazermos uma ligação, a subir, em alcatrão durante mais 5 km que nos leva até ao ultimo topo.

E a partir de aqui o primeiro grande momento de BTT desde que chegamos. Uma descida em singletrack com uma inclinação muito considerável onde só a toque de travão vamos alinhando a SPECIALIZED EPIC SWORKS com a melhor trajectória, pois entre pedras e raízes não foi fácil escolher o melhor caminho.



Depois saímos directos em alcatrão numa zona, que tenho de considerar perigosa, pois eram os últimos 2 kms da etapa a descer e sem o transito cortado. Mas este é só uma falha de uma organização que poderia ser melhor.

De Salientar ainda nesta etapa a excelente prestação do Renato Hernandez e do Rui Torpes da SPORT ZONE DESPERTAR SC que realizaram um 45º lugar na categoria homens.

O nosso terceiro elemento o Abílio Carvalho continua a tratar na perfeição da nossa logística e afazer a cobertura possível de uma prova com tanta dinâmica. Acho que está a realizar um excelente trabalho e tem sido a maior ajuda que podíamos pedir.

Quanto nós lá vamos seguindo sempre com intuito de nos divertirmos e concluirmos mais esta Prova Épica.



Esta é JEANTEX BIKE TRANSALP powered by NISSAN - porque tem os seguintes patrocinadores

JEANTEX - Marca de Bike Wear e com muita qualidade

BIKE - é uma das maiores revistas da especialidade na Alemanha

TRANSALP - o nome da região que a prova atravessa

NISSAN - conceituado construtor de automóveis

E por hoje é tudo que o dia amanhã volta a prometer, vão ser 82 km com mais de 3100 mts de acumulado, o que a somar ao que já levamos começa a fazer muita mossa nas pernas. e lá vamos nós fazer a ligação entre ST.CHRISTINA - SARNTHEIN. pelo meio do mato.

Dos Alpes para o Mundo

TEAM M&M - Motovedras
Nuno Machado - André Malha - Abílio Carvalho

segunda-feira, 20 de julho de 2009

TEAM M&M - Motovedras - Brixen Dia 3



Estimados


Aqui estamos nós após a conclusão da terceira etapa do JEANTEX BIKE TRANSALP powered by NISSAN.

Como tinha relatado ontem o dia de hoje ia ter só uma subida digna de esse nome.

Subida porque tinha cerca de 30 km de distancia e ia levar-nos desde os 600 mts de altitude até aos 2.200 mts.

O principio logo à saída de Mayrhofen foi um exagero de alcatrão mas após o km 15 saímos para terra e a subida começou a ficar infernal e cada vez mais difícil.

Enquanto fomos subindo ao nosso melhor ritmos ainda tivemos tempo para uma fotos de locais espectaculares, pelos quais já vale a pena vir fazer esta prova.





Fomos ainda presenteados com uma boa subida para fazer a pé, mesmo não ciclável que nos levou desde os 1.700 de altitude até aos 2.000 mts - e acreditem que andar no meio de calhau com sapatos técnicos de BTT não é nada fácil.



Depois foi tempo de montar e seguir até ao cume, foi a primeira vez que pedalei a tanta altitude e confesso que notei o facto de o ar ser muito mais rarefeito, o que não ajuda nada a respiração em esforço.



Depois veio a descida do dia, cerca de 10 kms entre curvas e contra curvas, com muita gravilha e muitos ganchos a obrigar a grandes apertos nos travões e a escolher bem as trajectórias. Mas a SPECILIZED EPIC SWORKS nunca nos deixou ficar mal.

Depois rolamos um bom bocado na ordem dos 40 km/hora e ainda tivemos uma deScida em alcatrão onde ultrapassamos o limite de velocidade permitido por lei, naquela zona. Fomos para além dos 70 km/h.

E a partir daqui a etapa resume-se a muita ciclovia com alcatrão e estradão, extremamente rolante embora pelo meio tivesse umas boas picadas para fazermos e quase no final um bom singletrack algo técnico com algumas pedras e raízes onde a suspensão e amortecedor da EPIC vão trabalhando às mil maravilhas.



No final estivemos bem melhor que ontem, as etapas curtas não são para nós, e acabamos em 188º da classificação de homens

Quem continua a dar cartas é a SPORT ZONE/DESPERTAR SC que subiu mais uns quantos lugares e o TEAM 2 experience do Carlos e do Rui terminaram colocados aos 100 primeiros.

O dia de amnhã vai ser muito duro. Com muitas subidas uma das quais que nos vai levar até ao 2.300 mts e numa etapa com 84 km vamos subir mais de 3.600 mts de acumulado.

Por isso agora vamos descansar

Um abraço e pedalem muito - por nós

Dos Alpes para o Mundo

TEAM M&M - Motovedras
NUNO MACHADO - ANDRÉ MALHA - ABÍLIO CARVALHO

domingo, 19 de julho de 2009

TEAM M&M - Motovedras - Mayrhofen Dia 2

Estimados

Após um dia inteiro a chover e a nevar, após termos vasculhado no accuweather descobrimos que ia deixar de chover à meia noite e assim foi. A chuva deixou de bater no tejadilho da caravana e podemos dormir.

Antes no Briefing também já tínhamos sido avisados deste fenómeno natural que nos "roubou" a primeira etapa e que fez com a de hoje tivesse de ser mais curta.

É verdade em vez do previsto, a etapa que ligava o JEANTEX BIKE TRANSALP powered by NISSAN a Mayrhofen na Áustria, foi reduzida em cerca de 30 km e terminou pouco depois da segunda descida.

Mas isto não quer dizer que tenha sido fácil, este corte apenas tornou a etapa menos difícil. Pois assim só tivemos de fazer 56 km com quase 2.100 mts de acumulado de subida.

Isto porque a ultima subida ia para além dos 2.000 mts de altitude onde quase de certeza nos esperavam mais de 40cm de neve.

Quanto ao dia ele foi demorado cerca de 3h38m mas contasse de forma rápida.

A primeira subida era curta com cerca de 6 km mas rampas que chegavam aos 12% de inclinação seguida de uma descida de quase 10 km e que passamos para além dos 60 km hora para em seguida estarmos mais cerca de 20 km entre os 600mts de altitude e os 1.600 mts de altitude, onde de cada vez que olhamos à volta só apetece é parar e ficar a admirar a paisagem.

Se olharmos para cima só vemos grandes montanhas cheias de neve em pleno mês de Julho e se olharmos bem lá para baixo o que temos é sempre vista para um campanário de uma igreja que está sempre no centro das vilas e aldeias ao melhor estilo "Heidi"

Logo em seguida nova descida esta com direito a passagem em bosques espectaculares e onde a velocidade volta ser muito alta para rapidamente chegarmos à linha final.

E soube mesmo muito bem voltar a ouvir um Speaker a dizer que o TEAM M&M de Nuno Marrado e André Mahala tinha cortado a meta.

Ao que parece hoje no lugar 210 de categoria homens.

Depois seguiu-se então o troço de ligação onde fomos presenteados com mais de 30 km de ciclovia com troços em alcatrão e outros em terra que vai ladeando o rio e a linha de comboio. Onde nas estações de comboio existem cafés que convidam os ciclistas a retemperar forças e onde é possível fazer pequenas reparações nas bicicletas. Algo que já faz muita falta em Portugal - Pois se na Áustria com este clima se anda de bicicleta e se vai para todo o lado a pedalar, nós com muito melhor clima devíamos seguir o exemplo e fazer o mesmo.

Depois foi só cortar a linha de chegada de forma simbólica em Mayrhofen e depois tratar de toda a logística para o dia de amanhã para vir a correr até ao Press Center para vos enviar esta informação.

E agora é hora de ir jantar porque amanhã começa às 9h00m para mais uma etapa de 95 km com uma subida que vai durar 30 km e nos levará dos 600 mts até aos 2.200 mts

Um abraço e pedalem muito

Dos Alpes para o Mundo

TEAM M&M - Motovedras
Nuno Machado - André Malha - Abílio Carvalho

sábado, 18 de julho de 2009

TEAM M&M - Motovedras - Reith in Alpbachtal Dia 1





entre Mittenwald e Reith in Alpbachtal

Estimados



Cá estamos. Desta vez após não termos podido arrancar para a primeira etapa.
Calma porque não podemos nós, nem ninguém.

A verdade é que após uma noite inteira a chover e com a temperatura a ser inferior a 5º e com a neve a partir dos 1.200 mts a organização, a nosso entender bem, decidiu cancelar a primeira etapa por razões de segurança.




Pelo que soubemos de fonte segura foi a primeira vez que se cancelou uma etapa do JEANTEX BIKE TRANSALP powered by NISSAN.

" Comunicado oficial do Press Center - For the first time in the history of the JEANTEX BIKE TRANSALP powered by NISSAN, a stage of the world’s hardest mountain bike stage race had to be cancelled. Due to the bad weather conditions with heavy rainfall in the start town Mittenwald and partly snowfall in higher altitudes with already 0 °C at the Karwendelhaus a safe run of the course to Reith im Alpbachtal could not be guaranteed."



A comitiva mostrou um misto de tristeza e alegria. Alegria porque ninguém gosta de pedalar com as condições que estavam, mas como é claro ficamos tristes porque todos viemos para pedalar.

Neste momento já realizamos por Caravana a ligação entre Mittenwald e Reith in Alpbachtal e ao não existir etapa aproveito para vos deixar algumas curiosidades.
- Este é o 12º ano em que se realiza o JEANTEX BIKE TRANSALP powered by NISSAN.
- Estão presentes 550 atletas de 40 países
- O rider com mais idade tem 66 anos e é alemão e o mais novo tem 18 anos.
- Temos 27 camiões de transporte de material e sacos
- Vão ser consumidas mais de 1.000 bananas por dia
- E as estatísticas apontam para um consumo de mais de 25.000 barras energéticas durante toda a prova
- O titulo por certo que vai ser disputado entre o TEAM BULLS de Karl Platt e Stefan Sahm que venceram em 2007 e 2008 e procuram um Hat Trick; mas vão ter competição acesa por parte de Thomas Dietsch e Tim Boehme da TEAM BULLS 2; outra equipa a ter em conta é a da MULTIVAN MERIDA de Hannes Genze e Andreas Kugler e pode ser que da África do sul venha a surpresa de Kevin Evans e David George da MTN ENERGADE (que já vimos no Cape Epic e que normalmente andam sempre no pelotão da frente.) Atenção também para o Alban Lakata e Dave Wiens da TOPEAK ERGON RACING. ( A verdade é que com 44 anos Dave Wiens é uma incógnita).

Nas hostes portuguesas a animação continua e ânsia de pedalar é cada vez mais. E por acaso até acho que isso pode ser benéfico para os homens da Sport Zone /Despertar SC pois comentam por aí que o Renato Hernandez e o Rui Torpes quanto mais vontade têm de andar mais rápidos se tornam. E nós torcemos para que nos presenteiem com uma boa classificação final.

Assim a primeira etapa do JEANTEX BIKE TRANSALP powered by NISSAN vai ser a ligação entre Reith im Alpbachtal (AUT) – Mayrhofen (AUT) e vai ter como grande desafio a subida para o Geiseljoch que será de certeza muito desafiante. NO geral serão cerca de 88 km com mais de 3.300 metros de acumulado de subida. E tudo em apenas 3 subidas e 3 descidas.

Agora deixo algumas imagens do circo montado em Reith in Alpbachtal.




Por hoje é só que agora temos de ir conhecer a Áustria.

Do TRANSALP para o mundo
Um abraço e pedalem muito
TEAM M&M - Motovedras
NUNO MACHADO - ANDRÉ MALHA - ABÍLIO CARVALHO

sexta-feira, 17 de julho de 2009

TEAM M&M - Motovedras -Mitenwalld Dia 0


Estimados

Após uma viagem de mais de 2.400 km e mais de 26 após o arranque no M&M - Mobile, chegamos a MItenwalld na Alemanha. Fica perto de Munique.




Já estavam os Portugueses do Despertar SC no parque de Caravanas e lá voltamos nós à azáfama de uma "Epic Race".

Na viagem conseguimos passar por Portugal, Espanha, França, Suiça, Áustria e Alemanha. Acho que nunca tinha feito uma tirada tão grande de carro e posso dizer que mal caímos na cama capotamos completamente.

Hoje já demos uma volta de cerca de 35 km e gostamos do que vimos pelo menos a paisagem promete muito com muita água, montes e algum gelo. e as subidas são boas.




No treino de hoje fomos completamente trucidados pela velocidade dos homens do Team Bulls onde ia o Thomas Diestch (campeão francês de Maratonas) que este a ano só venceu o TransGermany e agora está aqui como uma máquina, na companhia de Stefen Saham e Karl Platt.




Mitenwalld fica mesmo no sul da Alemanha bem encostado à Áustria e é daquelas vilas que parecem tiradas do anuncio da Nestlé em que o comboio ia passando por vários locais.

Deixo algumas fotos:





Quanto ao que se vai passar daqui para a frente aqui fica um pouco do dia de amanhã: o dia já promete com uma etapa de 73 Km e cerca de 1900 de acumulado o dia não será por certo dos mais difíceis mas parece que pode existir possibilidade de alguma neve. Mas vamos esperar que seja apenas depois de passarmos os 2.000 mts de altitude que amanhã não vai acontecer vamos andar pelos 1600 no máximo.
De resto vamos ter 3 subidas com a ultima a ter cerca de 20 kms. Mas de certeza que
vai correr bem.



Do TRANSALP para o mundo
NUNO MACHADO - ANDRÉ MALHA - ABÍLIO CARVALHO

TEAM M&M - Motovedras
Força Resistência Energia

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segunda-feira, 6 de julho de 2009

TRANSALP MUITO PERTO

estimados

Cada vez está mais perto a partida para esta grande prova. O tiro é já no próximo dia 18 de Julho e a nossa caravana segue rumo aos ALPES no dia 15 de manhã.

Vão ser 8 dias com pouco mais de 660 Km mas com mais de 22.000 mts de acumulado.

Só por curiosidade deixo aqui alguns numeros:

HOras de treino desde Janeiro de 2009 - mais de 250 horas - entre estrada; mato, estática e ginásio
JUntos eu e o André perdemos mais de 14 ou 15 kilos

Estivemos em provas como:
Portalegre
Serpa
Maratona do Centro
Geo Raid S. Pedro do Sul
Geo Raid Serra da Estrela
Arruda Montejunto
24 horas de lisboa
Parte da travessia de Portugal

Fizemos milhares de Km de gozo com o pessoal de Torres Vedras.

Agora é só agarrar e levar a bom termo o grande esquema de treino do MISTER MONSTER MASTER MAIA, não descurar a alimentação ou os senhores da GoldNutrition ralham com o TEAM M&M - em especial a Dra- Ana Andrea e o Grande Doutor quase mestre - Vítor Gamito.

Ainda temos de lavar os equipamentos da COFIDES para irem limpinhos e bem cheirosos para o tratamento que lhe vamos dar.

O Carvalhinho da Motovedras já está a tratar de por as Specialized Epic S- Works a trabalhar como um relógio.

Conseguimos fazer tudo entre trabalho e vida pessoal, temos orgulho porque nada ficou para trás e agora só temos de ir ali aos ALPES pedalar muito.

Lá para dia 14 devemos fazer um jantar aqui em Torres depois colocamos mais noticias.

Um abraço e pedalem muito
Nuno Machado
EPIC RIDER

TEAM M&M - Motovedras
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terça-feira, 16 de junho de 2009

TEAM M&M - MOTOVEDRAS - 24 horas Lisboa

Estimados



Desta vez a loucura foi fazer as 24 Horas de Lisboa com uma equipa de 4 e com o André preso a afazeres familiares fomos ao baú da Motovedras buscar um grupo amigos para se juntarem ao TEAM M&M - Motovedras

assim tive o prazer de pedalar na equipa do Hélder Miranda, Bruno Espinha e Cláudio Areias que não se importaram de ser um M&M por 24 horas.

Aproveitei a sexta feira para ir reconhecer o percurso, e foi com alguma saudade que passei pelos trilhos onde se ia desenrolar a prova. Saudade porque vivi em Benfica durante 31 anos e claro que as minhas primeiras voltas de BTT foram no Monsanto, que se tornou o meu centro de estágio e de treinos durante alguns anos.

Ao fazer as 2 voltas de sexta fiquei algo apreensivo com algumas zonas técnicas e sobre a forma de as fazer durante a noite uma vez que estamos a falar de uma prova de 24 horas.

Mas a prova essa só ia começar no sábado e para nós ia ser bem cedo.

Encontro à porta da Motovedras para o café das 8 da manhã e para carregar a tenda que ia servir de central de inteligência do Team M&M - Motovedras. 9 metros quadrados do melhor e mais sofisticado conforto que o campismo permite, tanto conforto que até marcamos um quarto no hotel em frente ao Parque de Campismo, onde podíamos tomar banho com calma e dormir um pouco entre cada entrada em prova.

A comitiva arrancou para Lisboa e à chegada ao parque encontramos logo um lugar para montar a tenda bem à saída, lugar depois muito concorrido e tempo para mais uma volta de reconhecimento a bordo das SPECIALIZED EPIC - veículo oficial do TEAM M&M - MOTOVEDRAS.

Decidimos por unanimidade colocar o Hélder a fazer o inicio da prova. Após o tiro de partida ficou um silencio imperial no ar e tudo esperava para ver quem ia passar em primeiro e em que tempo.

E em pouco mais de meia hora passava o primeiro e o Hélder passava nos 6 primeiros com um tempo na casa dos 33 minutos para os 12,3 km do percurso com mais de 250 mts de acumulado de subida.

Com a estratégia de 3 voltas a cada um e com uma vontade enorme de nos divertimos lá fomos ganhando e perdendo lugares arriscando nos circuito com mais de 75% de singletracks mas muito fun, e claro forçando o passo sempre que o circuito nos obrigava a subir.

O tipo de prova confesso que não é o estilo que mais gosto, pois o ritmo é elevado ao estilo cross country, em que arrancamos, levamos o pulso ao máximo e assim fica durante quase 2horas, depois descansamos perto de seis horas e voltamos a fazer mais uma prova de cross country. UPA UPA PUXADOTE!!!

Ao fim de quase 10 horas de prova entramos na fase nocturna da prova. O melhor que se pode ter numa prova deste tipo, luzes na Epic, luzes no capacete 2D e um trilho que embora fosse o mesmo se torna completamente novo pela falta de visibilidade, as zonas técnicas passam a ser feitas como quem toca viola de ouvido, e num espírito de vamos ver se não bato em nada que não deva, e com o coração na boca seguimos à nossa velocidade máxima por entre as árvores, raízes e muita pedra de alguns dos trilhos.

Durante a noite chegou o momento de reflexão com o Luís da Motovedras também conhecido por "Patrão" e que por volta das 4 horas da manhã teimava em filosofar sobre um tema qualquer de que já não me lembro. Pois entre o meu sono e as cervejas dele não sei qual de nós estava pior.

Chegada ao final da parte nocturna do Hélder que acabou como um puto que tinha acabado de desembrulhar um presente, e que terminou com o comentário:
- Andar à noite superou todas as minhas expectativas, é espectacular.

Por tanto se nos próximos tempos ouvirem falar de um tipo que agora faz BTT e só anda de noite pode muito bem ser o Hélder.

Entra o Areias em prova para o ultimo turno de noite e de repente já tinham passado mais de 18 horas só a respirar BTT.

Pelo meio o Ricardo Melo agora com a sua Cannondale lá ia ganhando terreno ao segundo classificado, de uma competição que me começa a entusiasmar que são as 24 horas a solo.

Vou fazer mais um turno e decido com o Espinha que só faço duas voltas para ainda dar tempo para fazermos uma volta mais no final. E começa a chover o que nos começa a estragar um pouco as contas pois o piso fica mais perigoso e não permite voltas tão rápidas. Quando estou à espera para arrancar lembro-me que não tenho nem camelback nem Bidon, mas faço contas aos pontos de água da organização e espero não furar porque não levo mesmo nada comigo.

Lá vou mais uma vez com a pulsação no máximo e dou a vez ao Espinha que furou mesmo no final e já não permitiu que déssemos mais uma volta. Mas também era uma volta que já não contava para nada.

Pois mantivemos o nosso 5º lugar, que é a minha melhor classificação de sempre numa prova, desde que faço BTT. Aliás como resultado tão bom só me lembro do 1º lugar entre as equipas de Torres Vedras no Cape Epic de 2008.

Agora espero pela próxima prova de 24 horas, mas até lá ainda falta o GEO RAID - Serra da Estrela e claro o TransAlp.

Ao Espinha, ao Areias e ao Hélder - pai do "xó problemas" só tenho que lhes dizer que eles são mesmo rápidos e que foi um prazer fazer equipa com eles.



Vitor Gamito; Sérgio Saldanha; Bruno Espinha; Nuno Machado
Selim e guiador da Specialized Epic

Um abraço e pedalem muito

Nuno Machado
EPIC RIDER

TEAM M&M - Motovedras
Força; Resistência; Energia

segunda-feira, 18 de maio de 2009

PENSAMENTO DO DIA


Foto: Agnelo Quelhas - GeoRaid - Aldeias de Xisto 2008


Para ser um EPIC RIDER não basta querer, é preciso que a mulher ou namorada também queiram.

Hoje deixo a minha homenagem às mulheres e namoradas de todos os que fazem provas de aventura e que compreendem que este nosso estilo de vida é o que nos dá energia e vontade de acordar de manhã mais cedo e ir treinar.

Não importa a chuva, o frio, o cansaço, a hora mais cedo ou mais tarde.

Mas a verdade é que só vamos porque sabemos que vocês deixam.

OBRIGADO ISABEL POR ME DEIXARES SER EPIC RIDER

Um abraço e pedalem muito

Nuno Machado
EPIC RIDER

TEAM M&M - Motovedras
Força; Resistência; Energia

segunda-feira, 4 de maio de 2009

TEAM M&M - MOTOVEDRAS - Geo Raid S. Pedro do Sul


Estimados

Já passou uma semana desde que quase completei a primeira prova do Geo Raid Series de 2009, a Etapa de S. Pedro do Sul.

Digo quase completei porque um único engano no arranque da primeira etapa, a sábado que iria ter 110 km com mais de 4.000 mts ade acumulado, deitou por terra a hipótese de acabarmos bem estes dois dias de BTT.

Como já tinha comentado um tópico abaixo este Geo-Raid iria trazer novidades para mim pois ia fazer pela primeira vez uma prova por equipas sem o meu Asa habitual o André Malha, e para fazer de asa trazia esta vez o Ricardo "Nitros" Pereira, que até tem nome de cómico mas pedala desenfreadamente.

Encontro no Hotel do Parque, escolhido como central de inteligência para os dois dias, e como já cheguei um pouco tarde só tive tempo de ouvir a metade final do briefing antes do ataque à Serra da Freita do dia seguinte, deu para perceber a preocupação da organização com alguns troços, bem selectivos do percurso. Confesso que cheguei a ficar assustado pois nunca tinha visto o António Malvar a questionar se alguém queria desistir porque ainda devolvia o dinheiro.

NO dia da partida lá estávamos nós à hora marcada prontos para o arranque e ao som de partida largamos desenfreadamente pelo trajecto marcado no GPS paragem 100 mts depois para tirar a faixa do Polar que tinha partido. E perdemos o contacto com o grupo. Novo arranque e já estamos a caminho de fazer os nossos 110 km.

Lá seguimos com o GPS sempre a indicar o trilho certo e começamos a grande subida para o Pisão com vento de frente a não ajudar e com os moinhos em linha de vista lá fomos serra a cima sem pestanejar. No cimo da Serra como o Ricardo era o responsável pela Altimetria perguntei o que se ia passar ao que ele responde:

- Agora vamos descer cerca de dois Km e depois voltamos a subir forte.

Era verdade começamos a descer 1 km 2 km 3 km 4 km 5 km e depois de continuarmos a descer e já perto dos 35 km de etapa vejo uma placa que diz "MANHOUCE".

- Oh, Ricardo no gráfico onde é que está Manhouce?
- NO meu gráfico não está!
- Nem perto do Km 80? Deixa ver

E lá estava MANHOUCE estava perto do Km 75 e não do Km 35, o que quer dizer que como não estávamos em primeiro tínhamos partido ao contrário.

Ligo ao António conto o sucedido e ficamos a saber que todas as equipas do nosso grupo tinham arrancado nessa direcção.

Tempo de fazer o caminho inverso e voltar ao Centro de Inteligência - para ver se ganho alguma.

Um trajecto feito em regime de passeio com largas anedotas pelo caminho e com uma conclusão a tirar deste dia.

- Ricardo, lembras-te de te dizer que nunca furava em prova?
- Lembro
- E lembras-te que em Leiria furei e precisei de super cola 3 para fechar pneu?
- Lembro
- E lembras-te quem estava lá para me ajudar?
- Era eu, Era eu!!!!
- Sim, Ricardo eras tu. E Lembras-te de te dizer que nunca me tinha enganado com GPS. E que fiz 3 vezes o TransPortugal sem nunca me perder?
- Lembro
- E lembras-te quem estava comigo para me apoiar quando me perdi no Geo Raid de S. pedro do Sul
- Lembro Nuno, Era eu! Era eu!!! Sou mesmo o amigo que te apoia quando as coisas te correm mal!!!

- NÃO RICARDO. TU ÉS É O AMIGO QUE ME DÁ AZAR!!!!!!!!!

E foi com estas sábias palavras que decidimos perguntar à organização para que lado era a partida para a segunda etapa.

A segunda etapa foi de BTT clássico, tipo "Super Tubos Off Shore".

Inicio rolante a té quase aos 30 km onde entramos no primeiro local de culto, grande single track numa zona de carvalhos em descida e recta mas com muita curva e contra curva, com muita pedra e raízes a obrigar a atenção redobrada. Daqui até à subida do dia foi um curto espaço e se primeiro foi estradão e alcatrão o melhor foi a entrada nas calçadas romanas.

Mais um contacto com o parque eólico e novo singletrack a descer, zona de estrada muito rápida mais umas zonas técnicas com navegação dentro de uma aldeia onde no final estava ambulância, onde o Ricardo se entusiasmosu e ia lá deixando a corrente.

E só restavam mais duas curtas subidas a ultima à Senhora do Castelo e um final muito bom com um grande singletrack a terminar na zona da linha de comboio desactivada para rolar até à meta e fazer o 10º nesta etapa.

A próxima já será na Serra da Estrela o que também deve ser muito bom.

Um abraço e pedalem muito

Nuno Machado
EPIC RIDER

TEAM M&M- Motovedras
Força; Resitência; Energia

P.S. Não sei quantos ainda têm paciência para pedalar comigo mas é preciso ter estofo para preparar uma prova destas e sair furado porque decidimos sair atrás das outras equipas. É verdade que nunca saímos do trilho, e até podia lá estar uma placa com uma seta a indicar o caminho certo para a partida, mas eu é que tenho de saber isso. De toda a forma obrigado Ricardo pela paciência e pelo gozo que foi pedalar contigo.
E AS VAQUINHAS????????!!!!!!!!

quarta-feira, 25 de março de 2009

TEAM M&M - MOTOVEDRAS - MARATONA DO CENTRO

Estimados

Lá fui até Leiria fazer a belíssima Maratona do Centro. Digo fui porque o André acabou por não poder alinhar nesta aventura.

Esta Maratona tem para mim um gosto especial porque no ano de 2008 antecedeu a nossa partida para o CAPE EPIC e foi a prova onde estreamos com distinção os novos equipamentos do TEAM M&M. E além disso viemos com a barriga cheia de singletracks.

Como tal este ano não podia faltar a este evento organizado pela AIRBIKE.

A caravana arrancou cedo e lá fomos, eu o Diogo "Canhão" Vieira e o grande "Pancadas" em busca dos trilhos da Serra D'Aire e Candeeiros.

Esta prova ia servir também no meu caso para perceber duas coisas:
1. Como é que vai ser fazer o Geo-Raid de S. Pedro do Sul com o Nitros - (o André vais estar em "afazeres" pessoais)

2. Como é que se faz uma maratona depois de se pedalar 190 km no dia anterior - só para perceber como vai ser o 2º dia do Geo-Raid - este ano foi a primeira vez que fiz tal coisa ao meu corpo.



O primeiro ponto foi um espectáculo e já conto.

Quanto ao segundo, confesso que estava mesmo apreensivo pois quem me viu no final do dia anterior, em que aos 160 km quase que "morri" para depois ser salvo por uma lata de coca-cola e conseguir chegar a casa como se nada tivesse acontecido, mas lá está quem viu isto diria que eu não tinha a mínima hipótese de fazer a maratona do dia seguinte.

Estávamos todos errados consegui fazer a maratona e com uma média de mais de 17 km/h e com um furo que nos roubou mais de 15 minutos e não fosse este furo íamos para mais de 18 km/h de média. Nada mal. Acho eu.

Quanto ao primeiro ponto cá vai. O Nitros - Epic Rider em 2007 está sempre à espera de uma boa oportunidade para sofrer em cima da bicicleta. E quando o André disse que não podia estar no Geo Raid, pensei com quem é que gostava esta experiência e com o "Canhão" ocupado, com a sua dupla DCVBTT e com o projecto TRANSGERMANY, lembrei-me do NITROS com quem nunca tinha pedalado mas com quem tenho trocado experiências.



Quando o convidei nem hesitou a resposta foi do género - " S. Pedro do Sul... Levar dois empenos seguidos...Bora lá!!"

E como tal tínhamos que pelo menos fazer uma prova juntos antes do GEO RAID e decidimos que ia ser a Maratona do Centro. O Nitros chegou com a sua matilha na carrinha do clube e de lá de dentro saem uma força de comandos ao estilo A-TEAM (ou não fosse a carrinha um belo "furgon").

Seguimos para a zona de partida e lá lhe contei o que tinha feito no dia anterior e como tal ele não podia puxar por mim. O melhor era ter estado calado bastou sairmos do alcatrão para o Nitros mostrar os efeitos dos treinos com o Tiago Aragão e assim que o terreno inclinou um pouco foi vê-lo a meter "talega" e arrancar com vontade de me deixar ali pregado. Mas com uma dor de pernas daquelas lá foi obrigado a seguir no seu passo para lhe mostrar os benefícios de treinar com o Pedro Maia.

E lá fomos galgando entre as curtas subidas com muita pedra e as descidas técnicas e dos singletraks espectaculares que a AIRBIKE tinha preparado para receber os cerca de 600 BTTistas de serviço.

Tenho de colocar aqui um parênteses e falar da espectacular aldeia de PIAS DO URSO ao melhor estilo aldeia de xisto. Bela imagem

Infelizmente perto do Km 45 numa viragem de estradão para mato fico com um pau preso ao pneu e o rasgão fui inevitável. Como estavamos a treinar em dupla foi tempo de utilizar os fantásticos tacos para tubeless do Nitros e a não menos fantástica cola tudo que colocou o pneu quase novo. E depois lá fomos outra vez à nossa vida por que isto de estar parado no meio do mato não tem piada nenhuma, lá encontramos o nosso ritmo outra vez e seguimos em direcção do final para uma enorme descida toda ela em calhau com uma viragem à esquerda para uma subida das boas e depois o momento do dia.

Quase 2 Km de singletrack entre pedra e raízes, curvas e contra-curvas. Entretanto a Lefty do Nitros lembrou-se de perder o ar que tinha e acabou sem curso e com o frontal a bater na roda da frente.

A Epic S-works essa esteve à altura e nunca fugiu sempre que teve que negociar uma pedra por falta de jeito do ciclista, quer fosse a subir ou descer. É uma daquelas máquinas que se aponta para um sitio e ela vai para lá seja a subir, a descer, liso ou muito técnico. É uma bicicleta que me deixa sempre impressionado cada vez que saio com ela.

No final tempo para ficar à conversa com os do costume, tempo para conhecer o homem que é o responsável pelas "minhas pedaladas" que lá acedeu a tirar uma foto comigo e com o Ricardo Melo que teve como ultima aventura a vitória nas 24h de Coruche.

Para já é só que já vai longo

Agora só falta eu e o Nitros afinarmos alguns pormenores e testar uns km mais longos

Um abraço e pedalem muito

Nuno Machado
EPIC RIDER

TEAM M&M - Motovedras
Força; Resistência; Energia

quinta-feira, 19 de março de 2009

TEAM M&M - MOTOVEDRAS - Equipamentos

Estimados

Mais uma vez o TEAM M&M - Motovedras vai contar com a preciosa ajuda da COFIDES na execução dos equipamentos.

Neste desenvolvimento para 2009 vamos utilizar nova zona almofadada nos calções que é ainda mais confortável que a anterior. Derivado do novo tecido utilizado e que causa menos atrito por ser mais suave que o de 2008.

Nos jerseys vamos continuar a preferir a malha microfresh pela facto de esta ser transpirável e permitir uma rápida evaporação da transpiração e refrescando o corpo. O que é bom nos momentos de maior calor que iremos de certeza ter no JEANTEX BIKE TRANSALP powered by NISSAN

Fica aqui o desenho do equipamento



Informamos ainda que o mesmo pode ser adquirido pelos seguintes preços:

Jersey 30,00 Euros
Calção 40,00 Euros

Valores com IVA incluído

Basta que enviem comentário com o vosso mail que eu entro em contacto para combinar promenores

Muito brevemente daremos mais informações sobre os treinos, as novidades de nutrição e sobre as provas que iremos fazendo.

Até lá um abraço e pedalem muito

Nuno Machado
EPIC RIDER

TEAM M&M - Motovedras
Força; Resistência, Energia

segunda-feira, 2 de março de 2009

TEAM M&M - MOTOVEDRAS - Specialized

Em 2009 a Motovedras estará associada ao projecto do TEAM M&M - Off Road To Transalp.



Esta ligação entre o TEAM M&M e a Motovedras surgiu da vontade de criar uma dupla de Epic Riders mais unificada relativamente a marcas e à loja de assistência. Assim a dupla nacional de Epic Riders, que em 2008 conclui o Cape Epic num honroso 138º lugar, passa a contar com o Know-how da equipa de mecânica da Motovedras.

Quem se junta ao projecto por inerência é a Specialized que passa a ser a marca oficial da Bicicletas do TEAM M&M - Motovedras.

E como tal as máquinas do TEAM M&M - Motovedras para a época de 2009 vão ser:



Para os treinos de estrada a Specialized Tarmac SL2 - máquina comedora de asfalto e que conta com vários títulos internacionais no exigente pelotão da UCI.

E a prova rainha que a dupla vai efectuar em 2009, o JEANTEX TRANSALP powered by NISSAN, será feita aos comandos da nova Specialized Epic S-Works.

Esta máquina que foi totalmente remodelada para 2009, e é a actual campeão do mundo de XCO, corta com o passado em termos estéticos, mas mantém a ligação com a tecnologia FSR e BRAIN (patenteadas pela marca, aliás a tecnologia Brain passa a estar presente na nova suspensão dianteira Future Shock E100 com tecnologia Brain Fade. Na traseira o novo Mini Brain poupou alguns grama a esta nova máquina mas melhorou a performance da mesma na hora de descer e absorver impactos recebidos na roda traseira. Roda essa que também sofreu alterações e agora é a nova Roval Controle SL. E a completar este leque de novidades fica ainda o novo pedaleiro Specialized S-Works OS, o mais leve do mercado e com enorme rigidez e eficiência.



Pronta a andar já com Pedais e grade de Bidon a Epic S-Works ficasse por uns 9,9Kg e como nos comentam Nuno Machado e André Malha:

"Depois de darmos a primeira pedalada parece que a Epic está sempre a pedir para andar mais rápido, seja a rolar, a descer ou a subir"

Em 2009 a dupla nacional de Epic Riders, além do Jeantex Transalp powered by Nissan, ainda vai estar presente nas 3 provas do Geo-Raid series; passará pelo SRP -160; Portalegre; e Grândola 100. E claro vão fazer muitos Kms de puro prazer nas novas máquinas da Specialized.

Um abraço e pedalem muito
Nuno Machado
EPIC RIDER

TEAM M&M - Motovedras
Força; Resistência; Energia

sábado, 17 de janeiro de 2009

Como ser um Epic Rider - Preparação

Como ser um Epic Rider

Nos dias de hoje existem cada vez mais maratonas e provas de BTT de longa distância onde colocamos à prova as nossas capacidades físicas e psicológicas. Mas a verdade é que pelos vistos as provas de 100 km começam a não ser suficientes para que os Bikers nacionais testem os seus limites, e começamos à procura de mais Km e de preferência em mais do que um dia.

Hoje já começamos a ver em Portugal provas com classificação e com mais kilómetros do que os típicos 100, como é o caso do SRP160, onde todos os participantes subiram a fasquia dos seus limites.

No outro extremo das provas de longa distância estão as tão afamadas provas por etapas, onde em Portugal a TRANSPORTUGAL GARMIN foi pioneira no inicio com 1.200 km em 11 dias e agora num novo formato de 1.000km em 8 dias, mas onde já aparecem outras como o G200 e a Via Nova Race a obrigarem a mais que um dia de esforço. Em Portugal o fenómeno alarga-se às travessias de cariz lúdico e a Travessia de Portugal, o TransAlgarve, a Travessia das Montanhas e a Rota das Aldeias Históricas, são viagens recreativas onde ao longo de vários dias vamos colocando a nossa força física e perseverança à prova.

Também pelo mundo fora as provas por etapas, também chamadas de provas épicas, vão tomando um papel cada vez mais importante e não é estranho ver-se os melhores atletas do mundo a competirem pelos primeiros lugares de provas como o Cape Epic, Trans Rockies, TransAlp, MTB Challenge, La Ruta de los Conquistadores, Crocodile Trophy. Recordo as vitórias do Thomas Friscknechkt na La Ruta, do Cristoph Sauser no Cape Epic e do Team Bulls no TransAlp e no Cape Epic no mesmo ano. Mas sei, por experiencia própria, que mais de metade dos participantes nestes eventos tem como principal objectivo completar a totalidade das etapas no menor período de tempo possível, sabendo que nunca terão possibilidade de ganhar a prova.

Neste contexto de desafios cada vez mais duros surgem também em Portugal cada vez mais entusiastas destas provas e não é de estranhar ver atletas nacionais a solo ou em dupla a fazerem boas prestações nestes eventos, relembro as classificações da dupla da Motovedras – Ricardo Melo/Marcelino, no TransAlp e do Team Amarante- João Marinho e José Silva na mesma prova. Os excelentes resultados das duplas portuguesas no Cape Epic de 2008 com equipas onde os atletas Nuno Machado e André Malha, Rui Pancadares e David Ventura, João Marinho e José Silva, Pedro Capela e António Bendito, concluíram o Cape Epic mais duro de sempre.

Mas a verdade é que seja para competir por um lugar importante na tabela classificativa, ou apenas para ganhar mais uma experiencia única no mundo do BTT, o resultado final não depende só da prestação que fazemos durante os dias em que a prova se desenrola mas está totalmente ligado a toda a preparação que fazemos nos largos meses que antecedem a primeira pedalada a contar para a classificação final.

E essa é a tarefa a que nos propomos quer neste, quer em artigos próximos, é conseguir passar a experiência de alguns dos atletas nacionais que optaram pelas Provas Épicas como forma de estar no BTT, para que outros possam desde já começar a preparar os eventos onde vão participar.

Num guia desta natureza penso que a primeira grande pergunta que devemos fazer é sem dúvida:

A QUE PROVA QUERO IR?”

A resposta que dermos a esta pergunta irá condicionar todos os temas que podemos vir a falar, como o treino, a nutrição, o parceiro, a bicicleta, o material, o equipamento. A verdade é que a prova que escolhermos será de facto o motor para todas as tomadas de decisão que faremos.

Vejamos. Será igual treinar para uma prova onde se anda em plano durante centenas de Km ou para uma em que por dia subimos por vezes mais de 20 km seguidos e depois de descermos voltamos a subir mais 20 km. Será igual preparar uma prova em Abril na África do Sul ou uma prova no Canadá em Setembro.

Assim e com o intuito de fazer da nossa prova uma experiência válida, damos algumas dicas e aspectos a ter em conta para a escolha da prova a efectuar:

- Ter em atenção o período de abertura de inscrições para as provas que quase sempre começam com nove meses de antecedência.

- Definir o período do ano queremos fazer a prova e compreender o clima da zona durante esse período. Ex.: As provas que durante o nosso inverno se desenrolam no Hemisfério Sul podem ser violentas a nível de temperatura. Como é o caso do Cape Epic que ocorre no final do Verão na África do Sul e onde as temperaturas podem chegar facilmente aos 40ºC quando em Portugal estamos no final do Inverno e com o termómetro a oscilar entre os 15ºC e os 20ºC.

- Ter em atenção o facto de algumas das provas terem rapidamente as inscrições esgotadas

- Perceber em que terreno somos mais fortes (subida; singletrack; a rolar) para definirmos o tipo de prova a que queremos apontar. Ex.: Se não gostarmos de Singletracks talvez o Transrockies não seja a prova mais indicada.

- Ter em atenção o nível de custos que cada prova envolve por questões de deslocação.

- Ter em conta o número de dias disponíveis para efectuar a prova

- A adaptação às provas em que as dormidas são feitas em acampamento

DICA DE NUNO MACHADO – Epic Rider – TEAM M&M

“O conselho que dou a quem se quer iniciar neste tipo de provas é que faça como primeira prova o TRANSPORTUGAL GARMIN pelo facto de ser no nosso país logo perto de casa e com um custo de deslocação baixo, com o conforto de terá as dormidas todas em Hotel, o número menor de participantes faz com que cada atleta tenha um nome e não um número e o facto de se processar no nosso clima ajuda muito em termos de adaptação e a orientação por GPS torna-a numa prova única em termos mundias.”

Outro ponto de grande relevância nas provas épicas é o facto de grande parte delas serem feitas em pares e com regras muito rígidas sobre as distâncias, em termos de tempo, entre os dois elementos da equipa. E isto leva-nos à escolha seguinte:

COM QUEM DEVO FAZER EQUIPA?”

Ter um parceiro ou ser parceiro!

O ponto fulcral para a formação de uma equipa e para o sucesso da mesma é a CONFIANÇA. Os elementos da equipa têm que ter plena certeza que os dois juntos vão conseguir o principal objectivo a que se vão propor. – Concluir a prova. Todos os outros objectivos classificativos dependem directamente da conclusão da prova. E como tal é imprescindível que cada um dos parceiros sinta que o outro o pode ajudar a atingir os objectivos. Esta situação faz com que os dois parceiros da equipa tenham andamentos o mais idênticos possíveis.

A palavra que me ocorre de seguida é COMUNICAÇÃO. A comunicação entre os parceiros de equipa é de vital importância em todas as fases do processo desde o primeiro treino até ao cortar da linha de meta na última etapa. A comunicação durante a fase de treinos e partindo do principio que os elementos da equipa treinam juntos ou fazem o mesmo esquema de treinos (os esquemas de treinos veremos numa próxima edição), permite-nos conhecer as reacções do nosso parceiro a cada tipo de esforço e de alguma forma permite perceber as reacções do outro através das nossa próprias reacções.

DICA DE JOÃO MARINHO – Epic Rider – TEAM AMARANTE/BIKE ZONE

Penso que os dois se precisam de conhecer muito bem e estarem preparados para o pior cenário possível, isto é a desistência, caso seja necessário para auxiliar o parceiro. O sentido de humor também é bem-vindo.

Depois de percebermos que a equipa funciona como equipa e não como um “par de ciclistas” este é o momento de definir os OBJECTIVOS e se é verdade que no inicio o TEAM M&M tinha como objectivo acabar o Cape Epic, quase no final da fase de treinos subiram a fasquia e apontaram para as 60 horas, e no meio da prova o Nuno Machado e o André Malha começavam a apontar a um lugar dentro dos 150 na categoria homens.

DICA DE ANDRÉ MALHA – Epic Rider – TEAM M&M

A definição da equipa e a forma como a equipa se foi desenvolvendo foi para mim o elemento fundamental da conclusão do Cape Epic. É o que define se nos vamos divertir ou passar uns dias de competição horríveis. Outro conselho que dou aos elementos da equipa é que sejam condescendentes com os parceiros, após muitas horas em esforço ao sol o cérebro não é tão clarividente como em situações normais, e isso pode dificultar alguma tomada de decisão. É normal verem-se equipas a discutir por situações patéticas e que não ajudam ao atingir de objectivos. É importante que o elemento menos cansado tenha capacidade de manter a equipa a funcionar. São tantos dias que se eu hoje estou menos forte de certeza que noutro dia será o meu parceiro.”

“E agora que já defini a prova e escolhi um parceiro, que material devo preparar para cortar a linha de chegada?”

Aqui coloca-se um grande ponto, uma vez que a situação do material vai desde a bicicleta, passa pelos sapatos e equipamentos, passa pelo material de apoio ao campismo e termina nas peças suplentes que se podem levar.

Começo pela eterna questão da bicicleta. Rígida ou Suspensão Total?

Nos dias de hoje e quando já sabemos que se podem ganhar provas desta natureza em bicicletas de suspensão total, como foi o caso da vitória de uma Scott Genius na La Ruta e da Cannondale Scalpel no Cape Epic , porque devo levar uma bicicleta em detrimento da outra?

A escolha da bicicleta passa por 3 pontos-chave, Conforto, Peso, Manutenção. Neste momento a evolução das suspensões totais e dos seus sistemas inteligentes ou de bloqueio permitem que a energia da pedalada seja transformada em tracção e não se perca no habitual bombear que sistemas de suspensão menos evoluídos tendem a fazer.

(colocar foto Spark 10)

Assim hoje quando penso numa suspensão total, o que me vem logo à cabeça é o conforto, que é muito importante quando vamos passar muitas horas na bicicleta durante vários dias, claro que também sei que os sistemas de suspensão total tornam uma bicicleta mais pesada, pelo facto de terem mais material, material esse que quase sempre se traduz em mais partes móveis que aumentam a probabilidade de sucederem problemas que podem ser mais complicados de solucionar.

(colocar foto My epic)

Quando no entanto pensamos em quadros rígidos, sabemos com o mesmo nível de material este será sempre mais leve do que uma suspensão total. Dou o exemplo da diferença entre uma Scott Spark 15 e uma Scott Scale 15, onde para o mesmo nível de material temos cerca de 900 grama de peso extra na Suspensão total. E quando se trata de subir e de pedalar durante vários dias 0,9Kg são de facto peso extra que se pode evitar. Por outro lado as rígidas tem uma manutenção mais simples devido à estrutura com menos pontos móveis.

O QUE DIZ O JOÃO MARINHO – Epic Rider – TEAM AMARANTE/BIKE ZONE

“Eu continuo a preferir as rígidas porque continuam a ser as mais leves e as que requerem menos manutenção, pois não há rolamentos nem amortecedores para dar problemas e quando se está numa prova épica estamos sempre longe de casa e nem sempre há possibilidade de levarmos peças suplementos e nem sempre a assistência em prova consegue resolver os problemas.

DICA DE NUNO MACHADO – Epic Rider – TEAM M&M

“Acho que nunca vamos saber se o melhor é o quadro rígido ou a suspensão total, mas o importante é definir o mais cedo possível que bicicleta vamos usar para que a maioria dos treinos seja realizado na bicicleta que nos vai acompanhar na prova. Para nos familiarizarmos com toda a dinâmica da bicicleta e conseguirmos colocar tudo ao nosso gosto.”

Depois de escolhida a bicicleta vem toda a gama de componentes que lhe podemos anexar, como é o caso do selim, do guiador, dos “bar-end”, transmissão, rodas, pneus e etc.

O SELIM

Nas provas épicas é normal que se passe entre 5 a 8 horas por dia junto do selim e o conforto toma um papel muito importante, pois as lesões que podem surgir pela utilização de um mau selim podem tornar a prova muito dura ou até mesmo obrigar ao abandono.

Existem no mercado vários formatos de selim e no TEAM M&M o que utilizamos é o Specialized Phenom SL com abertura no meio, que evita a pressão na zona prostática. Mas a verdade é que cada um deve utilizar o selim em que se sente confortável e não o deve alterar quando a prova se aproximar. O normal é que o tempo de selim seja entre as 50 horas e as 60 horas, por isso as dicas são conforto e habituação.

FOTO(colocar foto de selim SPZ Phenom)

OS PNEUS

Muitas vezes temos discutido este factor, mas parece-me que cada vez mais a escolha de pneus para estes eventos vai para os Tubeless. A verdade é que durante as várias provas por etapas que já realizei apenas furei 1 vez e uma outra rasguei um pneu de lado com uma chapa. E durante todo o Cape Epic de 2008 não ocorreu nenhum furo no TEAM M&M. Quanto aos pneus com câmara-de-ar relembro também o Cape Epic deste ano em que a equipa da Venezuela furou 7 vezes no mesmo dia.

Outro facto importante está relacionado com o facto de hoje facilmente se transformar umas rodas normais em rodas “tubeless ready” através de aplicação de kits como o da DT Swiss ou o da Specialized sem que o custo da transformação seja elevado.

A juntar ao pneu Tubeless deve andar sempre associado um bom liquido vedante “vulgo anti-furo” que deve ser colocado no dia anterior ao inicio da prova.

Outro dos pontos relacionados com os pneus prende-se com a largura e trilho que estes devem ter e mais uma vez estamos num ponto onde não existe consenso. Existe quem circule com pneus 1.95 como foi o caso do Team Amarante/Bike Zone no Cape Epic ao mesmo tempo que a escolha da RBikes Ota foi para uns mais volumosos 2.1.

DICA DE RUI PANCADARES – Epic Rider – TEAM RBIKES OTA

“Para mim o pneu tem de ser Tubeless com vedante e a com uma dimensão acima dos 2.0 para fazerem balão. Este tipo de pneus permite rolar com pressões mais baixas o que faz com que, sendo o pneu o ponto de contacto entre a bicicleta e o terreno, muitas irregularidades do terreno sejam absorvidas pelo pneu tornando as jornadas um pouco mais confortáveis e sem se perder velocidade. Outro truque que costumamos utilizar é a meio da prova 4º ou 5º dia colocar um pouco mais de liquido vedante dentro dos pneus.”

A TRANSMISSÃO

Com tantos em kms em tão pouco tempo e em condições de utilização extremas é muito importante que a transmissão funcione como um relógio, pois se tal não acontece cada dia torna-se um grande martírio. No caso de existir alguma dúvida sobre a performance de um determinado componente o melhor é trocá-lo. É também importante que não se façam testes de componentes durante a prova.

FOTO (colocar foto de grupo XTR ou XT)

EXPERIENCIA DE NUNO MACHADO

“No TransPortugal de 2006 tive de trocar a corrente na véspera da partida para Bragança. Pelo que só fiz perto de 5km com ela antes do arranque para a primeira etapa. A partir dos 50 km da primeira etapa comecei a ter problemas com a corrente a saltar entre carretos em especial em secções em que a força era necessária. Tal facto fez com que não completasse a 1ª e a 2ª Etapa da prova. Após muito trabalho mecânico descobrimos que a corrente estava com mais elos do que o necessário. Algo que se podia ter evitado caso a troca fosse feita mais atempadamente.”

Por outro lado aconselhamos que se leve pelo menos uma corrente suplente e alguns links de ligação que nos devem acompanhar durante a etapa.

Outro aspecto importante é o de ser aconselhável fazer uma revisão geral da bicicleta e componentes, com consequente troca de cabos, pastilhas de travões e material de desgaste, revisão de suspensões e amortecedores, desempenar rodas, ver pedais, 2 semanas antes da partida. Depois a bicicleta deve ser usada normalmente e antes da partida devemos voltar a afinar toda a máquina de novo.

Depois é muito importante manter toda a máquina limpa e cuidada durante a prova, isto requer que a bicicleta seja lavada e oleada, nas partes móveis principais, no final de cada etapa.

Entramos agora na última fase de preparação de material e equipamento, a fase em escolhemos a forma como nos vamos vestir, calçar e proteger de alguma queda que possa surgir pelo caminho.

Mais uma vez os pontos mais importantes na escolha destas peças devem ser o máximo de conforto e nunca ensaiar nada durante a prova. E sem nunca esquecer que vamos passar muitas horas com o equipamento colocado.

OS SAPATOS

Este aspecto é fulcral pois é através dos sapatos que vamos transmitir a força aos pedais ao mesmo tempo que grande parte da vibração que chega ao corpo é também absorvida pela zona dos pés. Os sapatos devem ser do tamanho certo e não serem nem demasiado apertados nem muito largos, se necessário recorrer aos meios números. Dentro dos sapatos devem caber umas palmilhas (ajudam no conforto) e se necessário umas cunhas para se corrigir os movimentos laterais do joelho. Aconselhamos os sapatos técnicos de BTT de preferência com sola em carbono, por serem mais rígidos na hora de transmitir força sobre os pedais, mas ao mesmo tempo permitem caminhar por curtos períodos.

O CAPACETE

Esta peça de protecção é obrigatória durante todos os momentos em que estamos em competição e em movimento, é normal que possa ser tirado nas paragens nas zonas de assistência. Este deve respeitar as normas de segurança exigidas por lei e deve ser o mais arejado possível e de preferência com boa área de entrada de ar na zona frontal, para evitar o sobreaquecimento da zona da cabeça.

FOTO (Colocar Foto do Scott Fuga e do Specialized 2D).

A zona interior em esponja deve ser amovível e é importante que durante a prova lavemos esta peça, pois ela absorve a transpiração e com a humidade é uma óptima zona para fungos.

As fitas que prendem o capacete por baixo do queixo devem estar ajustadas, sem estarem demasiado apertadas, por forma a não permitir oscilações do capacete durante a marcha e numa possível queda, mas ao mesmo tempo não criarem desconforto por estarem em contacto permanente com a zona do queixo.

OS EQUIPAMENTOS

Esta é a zona colorida por natureza, onde colocamos os patrocinadores e que devem ser distintivos o suficiente para que rapidamente o nosso parceiro nos distinga no meio do pelotão. Pensem nas distancias que é preciso manter entre parceiros e como pode ser difícil encontra-lo no meio de mais de 1.000 participantes.

DICA DE RUI PANCADARES – Epic Rider – TEAM RBIKES OTA

“Como conselho em termos estéticos, aviso que devem evitar as cores claras pois como o normal é que exista pó, lama, barro, areia nas provas esta fica entranhada nos tecidos durante o dia e não é nada fácil tirar alguma da sujidade quando se lava a roupa à mão num acampamento.”

CALÇÕES

Sejam calções, corsários ou calças mediante as condições climatéricas que vamos ultrapassar é muito importante que sejam confortáveis e devemos encontrar o nosso tamanho certo.

É preciso dar muita atenção á zona de “carneira” e ao atrito que esta pode ou não fazer durante o movimento de pedalada, ter atenção à densidade da esponja e a forma como dispersa a pressão exercida sobre os ilíacos. Importantes também as alças e a forma como roçam ou não nos ombros, para evitar possíveis escaras.

DICA DE ANDRÉ MALHA – Epic Rider – TEAM M&M

“ Eu dou especial importância à escolha dos calções e por vezes é preferível gastar um pouco mais e ter o melhor calção do que hipotecar toda uma época de treinos e um investimento de tempo porque poupamos alguns Euros. Outro aspecto que considero vital é a prevenção de assaduras e nunca é demais utilizar um bom creme protector contra assaduras que pode ser adquirido numa farmácia. Prevenir é uma forma de chegar ao fim de uma prova”

Por vezes e para não ter que se levar mais peças de equipamento os pernitos juntamente com os calções fazem o papel de calças e em qualquer momento podemos voltar a estar de calções.

DICA DE NUNO MACHADO – Epic Rider – TEAM M&M

“Felizmente utilizamos uns calções com Lycra Power que pela forma como assenta nos músculos, provoca alguma compressão que previne a fadiga muscular e algumas cãibras”

JERSEYS

Os jerseys, também designados por camisolas, são também importantes por vários aspectos.

Permitem colocar material ou alimentação nos bolsos colocados atrás.

Devem ser confeccionados de acordo com o clima a que vamos estar sujeitos, preferencialmente devem ter fecho completo para facilitar o arrefecimento do corpo e por se tornarem mais fáceis de despir.

Aconselhamos também a utilização de manguitos uma vez que as provas começam bastante cedo, quando ainda está fresco e ao longo do dia a temperatura vai subindo o que permite que na maioria das provas seja possível rolar em manga curta.

DICA DE ANDRÉ MALHA – Epic Rider – TEAM M&M

“Quando desenvolvemos o nosso equipamento para o Cape Epic foi possível escolher entre várias fibras e foi-nos recomendada a fibra microfresh que permite uma rápida secagem do Jersey e uma excelente respiração do corpo.”

Aconselhamos ainda que se leve um casaco impermeável para alguma situação de chuva que possa surgir no desenrolar da prova.

Outros aspectos a ter em conta são os que se prendem com a escolha das meias e de luvas uma vez que devem estar condicionadas também ao factor climatérico. E pode-se oscilar entre as meias de algodão até às meias impermeáveis e o mesmo acontecendo com as luvas onde se podem encontrar modelos mais frescos até aos modelos mais quentes e até impermeáveis. Nos modelos de luvas podem também encontrar-se modelos que apostam no conforto com inserções de gel na palma da mão. Mas independentemente do tipo de luva o nosso conselho passa pelas luvas com dedos completos, por razões de segurança.

E se eu for uma senhora?

No caso de ser uma senhora a pensar fazer uma prova épica, e lá por fora é bem usual ver mulheres a discutirem até os lugares da frente, todas as dicas são válidas mas gostávamos de acrescentar mais algumas.

Hoje o mercado de artigos de BTT para senhora evolui bastante e é possível encontrar desde quadros com design mais indicado para a fisionomia feminina, até a um sem número de acessórios e componentes com características especiais. Os selins com forma mais adequada aos ilíacos das senhoras, guiadores com diâmetros e dimensões distintas, onde se aplicam punhos mais reduzidos, pois normalmente as mãos femininas são mais pequenas que as dos homens. Por vezes é normal as senhoras utilizarem pedaleiros com alavancas mais curtas para poderem fazer mais rotação. No que diz respeito aos equipamentos a mesma tónica volta a ser verdade com calções e jerseys com cortes específicos para se moldarem melhor ao corpo e se tornarem mais confortáveis. O mesmo sucede nos sapatos que tem forma diferente para maximizar o conforto da utilizadora.

DICAS DE SÓNIA LOPES – 2 vezes participante do TransPortugal – TEAM ORBEA/GOLDNUTRITION

Na grande maioria das provas a forma de pernoita é em regime de acampamento e isso obriga a que se tenha algum material específico para esta situação e para isso deixamos um quadro para com algumas dicas de material a ter sempre à mão e que deve ser acondicionado dentro do saco que normalmente é transportado pela organização e que é o único a que temos acesso durante toda a prova.

Equipamento a ter no acampamento e equipamento suplente

HIGIENE

Material substituição

Ferramenta

Roupa

Stuffs

Pack Banho

Corrente

Camel Bak

T shirts

Luz de cabeça

Protector Solar

Pastilhas travão

Bomba

Casaco

Apito

Baton Cieiro

Amortecedor

Óleo

Calções de banho

Ficha adaptadora

After Sun Creme

Pneus

Alicate multifunções

saco cama

Telemóvel

Escova e pasta dentes

Links de corrente

mini ferramenta

Calças

Repelente insectos

Válvulas Tubeless

bomba Suspensão

Chinelos

Detergente roupa mão

Câmaras de ar

Zip tyes

Toalha de banho

Creme de massagem

Liquido vedante

Bidons

Ténis

Raios

Cleats de sapatos

Em qualquer caso algum do material de substituição pode ser facilmente encontrado nas zonas de assistência das provas, embora possa ser importante levar algum material específico para a nossa bicicleta.

Mas a melhor dica que cada um de nós que já participamos em provas deste tipo e onde todos estamos de acordo, é que o ponto fulcral é ter o máximo de conforto durante o esforço, e é para isso que apontamos todo o nosso material.

E assim ficam algumas dicas para começares a pensar na tua prova épica, em breve vamos falar da melhor forma de te preparares para um evento desta natureza quer em termos de treino quer de nutrição e o que fazer assim que começas a prova.

TEXTO: Nuno Machado – TEAM M&M

Fotos: Nuno Machado e Absa Cape Epic