Dia 2 - Freixo de Espada a Cinta - Alfaiates Após algumas horas em que o José Carlos passou de volta da minha SCOTT SPARK 10, lá arrancamos para o segundo dia. A verdade é que este dia tinha de ser diferente, pois a classificação já tinha um líder e um grupo de perseguidores. Para mim as coisas eram mais simples pois o mau começo da etapa anterior ponha-me fora da classificação mas ponha-me também a andar só por gozo. Vá se lá saber qual é o gozo de fazer perto de 120 Km em cima de uma biccleta de BTT.
O Começo tem logo uma boa subida onde a utilização da "Talega pequenina" dá muito jeito uma vez que ainda não aquecemos e depois um curto troço de alcatrão nova subida, e das boas, antes da descida para Poiares. Em seguida uma boa descida em alcatrão com excelentes ganchos a obrigar a fazer curvas ao melhor estilo MOTO GP e a entrada no que considero ser o melhor troço da TransPortugal, 200 mts em single track, técnico, a descer entre lajes e degraus com uma boa falésia do lado direito, e onde uma queda dita quase de certeza o fim da prova.
Passagem pela ponte romana, carregar um pouco a bike às costas e começar a descer para Barca de Alva, sempre ao lado do rio do Douro, passar a margem e começar a preparar a subida para Castelo Rodrigo. Subida muito chata, pois vai subindo com troços mais e menos inclinados durante aproximadamente 15 Km, chegamos a Figueira de Castelo Rodrigo e já só falta mesmo subir ao Castelo primeiro 100 mts em alcatrão e de repente o GPS manda-nos para a direita para um trilho bem inclinado de perto de 300 mts onde quase mordemos o guiador.
Chegada ao Castelo tempo para uma Coca Cola, e começar a fazer a descida em direcção a Almeida aqui vou-me cruzando com mais alguns participantes e depois foi só seguir em direcção a Alfaites, pelo afamado caminho do carril que no papel parece fácil mas se pode tornar impossivel se o vento estiver Sul (o que é uma constante nesta altura do ano).
Quem se parecia dar bem com o vento eram os Belgas e o João Marinho que rolavam a grande velocidade na frente da prova. No final da etapa ainda segui com o Agnelo a fotografar e a filmar a minha prestação final. - Deu-me um ar de Pro ou Epic Rider.
Chegada à meta e lá estava a tenda que tantas alegrias me deu nos finais de etapa. Comida, bebida e massagens, que mais se pode querer ao fim de 7h a pedalar. Tempo ainda para umas piadas na zona de mecânica, para entreter o José Carlos que neste momento já fazia o seu trabalho.
Dia 3 - Alfaiates - Ladoeiro
O que dizer daquela que é para mim a melhor etapa da TransPortugal. Se não vejamos, num só dia andamos na Malcata subimos a calçada romana para Monsanto voltamos a descer em calçada romana e depois em singletracks em direcção a Idanha a Nova. Tudo num só dia e em BTT. Mas eu conto promenores.
A saída era um pouco diferente das dos anos anteriores e é um pouco mais rápida segui na companhia do Ricardo Lanceiro e rapidamente chegamos a Foios após as grandes descidas que nos deixam nesta aldeia. Rápida entrada na Serra da Malcata e aí começa o sobe e desce, e o saltar entre Portugal e Espanha. É um ponto para ter algum cuidado pois é fácil furar, pelo grande numero de pedras que compõe o trilho, e mais cuidado ainda pois por vezes a velocidade que se pode atingir pode atirar-nos para fora do trilho e uma queda nesta zona não é muito aconselhável. Já perto do final e numa subida um pouco mais inclinada o Ricardo foi embora e eu segui o meu caminho até uma zona de eucaliptal onde tenho que deixar o Adriano ir embora, pela quantidade de pó que saía da sua roda de trás. Tempo para chegar à Serra do Ramiro e subir o pior que já subi em bicicleta 500 mts acima dos 20% de inclinação (metade tive de fazer a pé).
Depois uma fase que permite descansar um pouco antes de atacar a calçada romana que nos leva até Monsanto e quando pensamos que a calçada acabou e vai ficar fácil chega o alcatrão e inclina mais. Tempo para um curto almoço e seguir em direcção à calçada para descer para Idanha, depois cruzo uma zona onde infelizmente a Sónia estava a entrar na ambulância após uma queda aparatosa, seguir até à Sra do Almurtão e no final seguir até ao Hotel no Ladoeiro. E claro após mais 7 horas a pedalar lá estava a alimentação, a piscina, as massagens e a zona de mecânica, onde alguém muito simpaticamente me deu um valente banho à bicicleta e a Bebé Teresa Cunha me deu uma valente sova nos músculos. (ainda hoje me dói só de me lembrar)
Segue amanhã...
Um abraço e pedalem muito
Nuno Machado#50 - Part of TEAM M&M
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